A Liberdade, quando nasce, é para todos.
O 25 de Abril não se fez para ser refém de uma associação de militares ou de um conjunto de políticos. Fez-se para que, quando 2,3 milhões de Portugueses votam num Governo, a legitimidade desse Governo seja aceite e reconhecida por todos, mesmo pelos que têm diferenças programáticas com a coligação que sustenta o Executivo.
Já sabíamos que a extrema-esquerda sempre teve uma relação difícil com a democracia. O próprio Álvaro Cunhal corroborou esse facto ao afirmar, numa célebre entrevista ao L'Europpeo "As eleições não me interessam nada!" Para os marxistas, como para Salazar, sempre foi mais fácil - e mais cómodo - medir o apoio popular em manifestações do que em actos eleitorais. Não é, portanto, de estranhar, que o aparelho do Bloco e os sindicatos do PCP tenham procurado monopolizar a manifestação de comemoração da Revolução. O que é, indubitavelmente, peculiar é que esse protagonismo tenha sido disputado pelos jovens do PS que, aparentemente, lideraram a marcha transportando uma faixa na qual se podia ler "Somos todos Gregos". O PS, que fez a dívida pública disparar para os 111% do PIB para alimentar o gigantismo do Estado e o assistencialismo e obrigou Portugal a recorrer à ajuda externa, sugere agora ao Governo que não cumpra o memorando que o próprio PS negociou e assinou, em nome de Portugal.
Não, não somos Gregos. Somos Portugueses e continuamos tão empenhados e comprometidos com a Liberdade como na madrugada que despontou há 38 anos. Foi por isso que votámos massivamente nos partidos que afirmavam querer cumprir o Memorando e é por isso que continuamos a querer cumpri-lo. Para nos libertarmos das amarras da dívida e das mordaças do défice. Ontem, como hoje, o Povo unido jamais será vencido.
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